segunda-feira, 2 de junho de 2008

Que saudade do meu voto ( Parte 7)

Chego ao fim. Durante semanas venho defendendo neste semanário um novo modelo político baseado em dois alicerces: o primeiro, interiorizar cidades com mais de 500.000 pessoas, dividindo-as em micro-regiões de 15.000 habitantes para levar a estas metrópoles o modo interiorano de se fazer política, criando desta forma um novo cargo, chamado “Regionador”.
O outro, transformar a maneira como elegemos nossos políticos, criando delegados capacitados para decidir por porções de eleitores.
O leitor que me acompanhou até agora entende o que falo. Para aquele que lê pela primeira vez a série intitulada acima, aconselho pedir ao jornal os exemplares passados ou ir diretamente ao blog http://rodrigocoutinho.blogspot.com, conferir os textos e tentar entender melhor o que digo.
Sobre os alicerces mencionados acima, creio que o primeiro está bem explicito. No entanto, o segundo requer algumas explicações que passo agora a dar:
No texto No. 6 mostrei o quanto pessoas cultas, informadas e cidadãs vivem em mercê de pessoas influenciáveis e incultas.
Peço perdão pelas palavras do texto passado que se referem aos letrados e iletrados. Conheço e não há leitor que não conheça, homens e mulheres, sem instrução alguma, com capacidade de discernimento muito maior do que pessoas que passaram a vida atrás de livros. Isso é óbvio, no entanto, precisava dizer.
Por isso proponho três coisas: primeiro, para os cargos de “Regionador”, Vereador e Prefeito, todo e qualquer cidadão continuará a votar de maneira direta.
O motivo disso é dar continuidade ao relacionamento franco e aberto que temos em todas as cidades do interior, com os candidatos e seus eleitores, como ficou demonstrado nos textos anteriores.
Segundo, que se crie no Brasil, uma instituição chamada “Delegado Eleitoral”, vinculado aos partidos.
Terceiro, que seja retirado de cada cidadão o direito ao voto para Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Governador e Presidente, ficando o eleitor, incumbido de votar nos respectivos delegados que escolherão os políticos que comandarão nossas vidas. Veremos dessa forma, o modelo grego voltando ao seu apogeu.
O avanço da democracia só se dará no dia em que os políticos detentores de grandes poderes forem eleitos por pessoas conscientes de suas ações.
Negros, brancos, amarelos, ruivos, analfabetos, poliglotas, mestres, doutores. Todo e qualquer cidadão que se interessar em ser delegado eleitoral, fará provas específicas de conhecimento para estar apto a votar de forma lúcida.
Da mesma maneira que não nasço com o direito adquirido de dirigir um carro ou pilotar um avião, da mesma forma que necessito de uma carteira para comandar uma embarcação, é preciso também mostrar, provar, que estou apto a votar.
Porque será esta aptidão que me dará o direito de analisar e colocar no comando da vida de milhões de pessoas os políticos que nos governarão.
E assim chego ao final desta longa jornada exponencial. Há esperança em ver estas idéias sendo adotadas pelo país afora? Sim, este é o objetivo.
Não há menor dúvida de que poderíamos ocupar a muitos e muitos anos um lugar de destaque social, econômico e político no mundo.
O motivo de estarmos aqui é que ao longo dos tempos escolhemos pessimamente aqueles que nos representariam.
E se fizemos isso foi porque não percebemos ainda que precisamos mudar primeiro a pessoa que escolhe os comandantes: nós.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que viajem!!!
Me arruma um pouco disso que voce fumou!